Seminário na Assembleia Legislativa aborda prejuízos da doutrinação no ensino

Centenas de pessoas se reuniram no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, no sábado (24), para participar do 1º Seminário sobre Doutrinação Ideológica no Ensino. O evento, promovido pelo deputado Capitão Martim (Republicanos), contou com a presença de pais, alunos, professores, políticos e pesquisadores. Todos interessados em discutir a militância de esquerda nas universidades e escolas do Rio Grande do Sul.

“Estamos vivendo uma violência ideológica no ensino. O objetivo central do seminário é promover um debate sobre os prejuízos causados aos estudantes quando educadores atuam com a intenção de imprimir seu viés político-ideológico nos alunos”, destacou o deputado Capitão Martim na abertura do evento.

O Capitão Martim, criador da Frente Parlamentar em Apoio à Adesão e Manutenção de Escolas Cívico-Militares no Rio Grande do Sul e proponente da Frente Parlamentar Contra a Doutrinação no Ensino, enfatizou as ações necessárias para combater a militância na educação. “Antigamente a pergunta era: que mundo queremos deixar para nossos filhos? Mas hoje, a pergunta é: que filhos queremos deixar para o mundo? Vamos resgatar a educação!”

Por videoconferência, o deputado federal Gustavo Gayer, defensor da educação livre de ideologias e criador do Instituto Nossos Filhos, ampliou a discussão, reforçando a importância de uma educação imparcial e plural. Gayer afirmou que “a ideologia esquerdista só sobrevive quando inseridas nas mentes dos jovens, pois um adulto não aceita essas mentiras vendidas pela esquerda. Uma criança aceita tudo que o professor fala como se fosse uma lei. Nossa causa é em defesa das crianças. Não vamos mais permitir que deformem as jovens mentes”. O deputado conclamou aos pais que cuidem de suas famílias e denunciem casos de doutrinação no site do Instituto Nossos Filhos. “Tudo que for passado a nós, vamos investigar. Chega de famílias destruídas e alunos marginalizados por se oporem aos abusos dos professores”.

Incentivo à confusão de gênero

Um dos depoimentos mais marcantes foi o da instrutora de tênis e criadora do Projeto Compartilhando Raquetes, Cíntia Mariana. Trouxe à tona a verdade por trás da doutrinação, oferecendo uma perspectiva singular sobre o assunto. Transexual, negra e de direita, Cíntia Mariana atacou a campanha insistente de incentivo à confusão de gênero. “A esquerda, a TV e a Internet estão influenciando muito nossas crianças. Como negra, jogando tênis, fui questionada por praticar um esporte de rico. Mas quem critica e rotula são justamente aqueles que dizem lutar pela igualdade”.

O escritor e pesquisador Mateus Colombo apresentou reflexões sobre a contenção de danos para preservar os alunos diante do contexto de doutrinação ideológica no ensino. “Quero para minha filha de seis anos educação básica de qualidade e não aulas de identidade de gênero. Temos que delimitar o problema e perseguir um ensino sem lavagem cerebral”. Colombo destacou que muitas escolas se escondem atrás de leis para fazer o que não devem. “Nossos filhos são cobaias nas mãos de pessoas perversas. Ações parlamentares são fundamentais para controlar as leis equivocadas que surgem. E os pais devem se mobilizar de forma mais efetiva”.

O papel dos pais em educar

A psicanalista Vanessa Brandão relatou a experiência traumática com a doutrinação ideológica vivenciada em uma universidade de Porto Alegre. Induzida a se filiar a um partido de esquerda, falou sobre as estratégias políticas utilizadas por dirigentes partidários dentro do ambiente universitário. “Fui convencida por figuras políticas conhecidas, com grande identificação com os jovens, que ficavam dentro da universidade cooptando estudantes a me filiar. Felizmente, por influência da família, voltei à razão”. A psicanalista se tornou uma crítica aos principais argumentos de doutrinação.

O advogado Rinaldo Penteado, cofundador do Projeto “Lugar de Criança é na Escola”, ressaltou a importância de um ambiente educacional seguro e livre de influências políticas extremas. “A esquerda quer exterminar o pensamento diferente. A violência começa quando buscam qualificar a família como opressora. A demonização do sucesso e o conflito nos ambientes educacionais é transmitido com a divisão em grupos, isolamento, colocando todos uns contra os outros, repassando às crianças uma responsabilização e o vitimismo para que sejamos todos controlados bovinamente por interesses radicais”. Penteado apontou que felizmente o conservadorismo despertou e a luta não está perdida. “Este é um evento histórico que estamos presenciando aqui hoje. O Seminário deve ser replicado em todos os cantos do Brasil para garantir a inocência e segurança de nossos filhos”.

A militar da reserva do Exército Brasileiro, Juliana Dummel, representante do Movimento Nacional Mães Direitas, compartilhou sua visão sobre o tema, enriquecendo o debate com sua experiência em movimentos que buscam a preservação de valores conservadores.

É urgente salvar o Brasil

O escritor Percival Puggina abordou o tema O Naufrágio do Futuro: Operação Resgate. “O Brasil teria condições para estar avançadíssimo. No entanto, nosso capital humano é desperdiçado. O escritor destacou os dados que apontam a enorme parcela de jovens brasileiros dos 15 a 29 anos que não estuda nem trabalha. “É urgente salvar o Brasil. Se os pais tivessem feito a lição de casa, hoje certamente teríamos capital humano mais qualificado. Mas a esquerda prefere um jovem militante na mão, do que dois jovens estudando”.

O Seminário contou ainda com a presença do deputado federal Tenente Coronel Zucco, criador do Projeto das Escolas Cívico-Militares e presidente da CPI do MST no Congresso Nacional. “Vamos terminar com qualquer tipo de imposição de ideologias em nosso Estado. Essa foi a primeira de muitas palestras. Saímos daqui hoje unidos e preparados para enfrentar os professores que abusam de seu poder”, assegurou o parlamentar.

Ao final dos debates, os participantes formalizaram um protocolo de ações contra a doutrinação no ensino, ressaltando a importância de uma educação que promova a liberdade de pensamento, o senso crítico e a formação de uma base sólida de conhecimento.