Centenas de pessoas participaram de ato em defesa das escolas cívico-militares no Rio Grande do Sul no sábado (15) após o governo Federal anunciar o fim do Programa de Escolas Cívico-Militares (Pecim) em nível nacional.
O evento foi realizado na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, e contou com a presença de deputados estaduais, federais, prefeitos, vereadores, pais, alunos, professores e diretores de escolas.
A mobilização foi realizada pela Frente Parlamentar em Apoio à Adesão e Manutenção de Escolas Cívico-Militares no RS, presidida pelo deputado Capitão Martim (Republicanos), em parceria com o deputado Federal Zucco, autor da Lei Estadual nº 15.401, de 17 de dezembro de 2019 que instituiu o Programa das Escolas Cívico-Militares no RS.
Os participantes reivindicaram que o governo do Estado dê continuidade ao Modelo de Escolas Cívico-Militares no Rio Grande do Sul na totalidade das escolas que funcionam no modelo.
No Rio Grande do Sul, atualmente, 43 escolas funcionam no modelo. Após mobilização dos deputados Zucco (Republicanos) e Capitão Martim (Republicanos), o governador Eduardo Leite garantiu a continuidade do modelo nas 18 escolas que estão funcionando sob administração do Estado. A meta da Frente Parlamentar é que as demais 25, sob o modelo federal sejam absorvidas pelo Rio Grande do Sul.
Presente ao ato, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, criticou a qualidade do ensino no Brasil e anunciou que está preparando uma escola da capital para ser a primeira no modelo. “A qualidade do ensino no Brasil vai muito mal. Estamos construindo uma usina de analfabetos. Se não viramos a chave da educação, especialmente na periferia, o Brasil não tem jeito. Escolhemos uma escola na Vila Ipiranga, a Escola Laçador, que será a primeira de Porto Alegre. Escola Cívico-Militar é qualidade de ensino. É disciplina”, destacou o prefeito.
O deputado Zucco classificou a atitude do governo federal em terminar com o modelo Cívico-Militar no país como irresponsável. “Esse desgoverno acabou trazendo à tona um tema muito importante. Temos mais de 20 escolas no Estado e não deixaremos que sejam prejudicadas. Precisamos deixar muito claro que a ideologia não pode afetar a educação”.
O deputado Capitão Martim defende que todas as escolas gaúchas que estavam sob a administração federal passem a ser geridas pelo Estado. “ O principal objetivo é manter as melhorias que a comunidade escolar já obteve com o modelo para garantir educação com qualidade e disciplina para nossos jovens. Não podemos deixar esses jovens desassistidos. O Modelo Cívico Militar é mais uma opção de ensino a nossos jovens e não vamos deixar esse modelo morrer”.
Na grande maioria, os participantes do ato argumentaram que as escolas cívico-militares têm apresentado resultados positivos em relação à aprendizagem, redução da violência e à disciplina. Eles também apontam que o modelo é uma forma de fortalecer os valores cívicos e patrióticos dos alunos.
“Essa mobilização pelas escolas cívico-militares é um sinal de que a comunidade quer sua continuidade no Rio Grande do Sul e entende seu valor”, pontuou o deputado Capitão Martim.