É inconcebível testemunharmos homenagens e honrarias concedidas ao MST e a seu líder, João Pedro Stédile, pela Câmara Federal e pela Assembleia Legislativa do RS com a Medalha Mérito Farroupilha. Esses atos não são apenas uma inversão de valores; são uma verdadeira bofetada na face de cada cidadão que valoriza o trabalho duro, a legalidade e o progresso.
Glorificar um movimento famoso por sua trajetória de desordem, terror e desrespeito à propriedade privada por mais de quatro décadas é um ultraje. É desprezar a base do desenvolvimento e da economia brasileira que é o agronegócio.
O MST nunca passou de uma farsa política-ideológica, camuflada sob a bandeira da reforma agrária e da luta contra a fome.
Ao contrário do discurso dos luloafetivos, a maioria dos projetos de assentamento do Brasil foi realizada antes do PT chegar ao poder.
O Brasil, ao realizar a maior Reforma Agrária do mundo democrático com a distribuição de quase 90 milhões de hectares, expôs a ineficiência e a inutilidade desse movimento. A triste realidade é que apenas uma fração insignificante dessas terras contribui para a produção agrícola, enquanto a vasta maioria dos assentados permanece na pobreza, muitos sobrevivendo às custas do Bolsa Família.
Mas hoje a Reforma Agrária no Brasil continua sendo uma grande indústria para fomentar a captação de dinheiro público. O objetivo não é o assentamento de famílias vocacionadas para a produção agrícola, mas a manutenção de um sistema de demanda permanente por terras que usa os mais humildes como massa de manobra.
A recente CPI do MST revelou a extensão da miséria e da manipulação dentro dos acampamentos, como também a obscuridade no uso dos recursos destinados ao movimento. A falta de transparência, a coerção e ameaça contra os assentados por seus líderes apontam os verdadeiros objetivos e práticas do movimento.
O MST opera sem qualquer identidade jurídica. Quem produz alguma coisa são os assentados, enquanto o movimento invade terras para formar cooperativas com CNPJs e receber recursos de contratos com o poder público, enriquecendo sua elite às custas do suor e esperança dos acampados. Aliás, o MST não tem interesse algum em transformar acampado em assentado. Esse é exatamente o grande motivo de vários conflitos internos, poios ninguém aguenta passar anos sendo enrolado e o documento definitivo de propriedade nunca chegar. Uma vez dentro, o indivíduo vira refém de uma engrenagem complexa de doutrinação e dominação.
A conivência do governo Lula, lotando superintendências do INCRA com militantes do MST e apoiando invasões de terra é o ponto alto dessa farsa. Quem realmente define a função social da terra neste país? O MST, com suas práticas ilegais e imorais?
A discrepância no tratamento de atos do MST em comparação com outros movimentos sociais e protestos demonstra um problema profundo de dois pesos e duas medidas na aplicação da justiça e na memória histórica do país. Incidentes graves, como o ataque ao STF em 2014 e o assassinato do Cabo Valdeci Lopes, morto em Porto Alegre durante confronto com os sem-terra nos anos 90, permanecem sem a devida responsabilização, enquanto o MST recebe homenagens.
Defendemos a valorização da agricultura familiar e do trabalho árduo dos verdadeiros heróis do campo, que, dia após dia, lutam para produzir e sustentar não só suas famílias, mas o país inteiro.
A concessão de honrarias ao líder de um movimento marcado por atos criminosos é um insulto à população brasileira. Em vez de premiar o terror e a ilegalidade, deveríamos celebrar o trabalho honesto e produtivo no campo, defender o direito à propriedade privada, a vida, a dignidade e, acima de tudo, nossa liberdade.
É hora de reavaliar nossos valores e honrarias, colocando em destaque aqueles que verdadeiramente contribuem para o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar e o progresso social. Que a razão e a justiça prevaleçam, rejeitando qualquer forma de glorificação de práticas que ameaçam os pilares da nossa sociedade.
Deputado Estadual do Rio Grande do Sul, Capitão Martim (Republicanos)