Na sessão da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (29), o deputado Capitão Martim (Republicanos) fez duras críticas às homenagens ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), tanto na Câmara Federal quanto na própria Assembleia Legislativa.
O deputado repudiou veementemente a reverência da Câmara Federal aos 40 anos do MST, expressando que tal reconhecimento seria mais apropriado a um histórico de “terror e caos no campo” do que a uma celebração legítima. “Enquanto o nosso Agro que produz, gera empregos e desenvolvimento ao nosso País é cada vez mais atacado e desmerecido”, lamentou o parlamentar.
O deputado prosseguiu sua crítica, destacando que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul planeja conceder a Medalha Mérito Farroupilha, a maior honraria do Parlamento, ao líder do MST, João Pedro Stédile. De acordo com Martim, a entrega da Medalha representa uma “total inversão de valores, ignorando os crimes cometidos pelo movimento”.
O deputado enfatizou que o MST não possui legitimidade. “É na verdade um braço político-ideológico que se sustenta com recursos públicos e privados. Essa narrativa linda que é vendida para o mundo, de luta pela reforma agrária, produção de alimentos para acabar com a fome e tirar o povo da pobreza, é uma falácia”, ressaltou.
Para embasar suas críticas, Martim apresentou dados sobre a eficácia das terras distribuídas pelo MST, apontando que a produção nessas áreas representa apenas uma pequena fração da produção total do país. “O Brasil é o país que fez a maior reforma agrária do mundo democrático, totalizando quase 90 milhões de hectares distribuídos, enquanto as outras terras dedicadas à agricultura somam 60 milhões. Só que a produção das terras distribuídas não chega a 14% da produção desses 60 milhões”.
Ele questionou ainda a destinação dos investimentos destinados ao movimento, apontando que muitos assentados vivem em condições precárias e dependem de programas sociais como o Bolsa Família. “O que não falam é que o MST possui diversos CNPJs de cooperativas e associações que recebem milhões, enquanto a grande maioria dos assentados recebem Bolsa Família, pois possuem renda menor que meio salário mínimo. Gostaria de saber para quem está indo todo esse dinheiro, de quem são todos os carros e camionetes que vemos igual a um showroom de concessionária nos assentamentos”, questionou.
O deputado relembrou episódios de violência ligados ao MST, incluindo a invasão de órgãos públicos em 2014 e o assassinato de um cabo da Brigada Militar em Porto Alegre. “Será que alguém foi preso, acusado de terrorismo, de atos antidemocráticos em 2014 quando 20 mil Sem-terra levaram o caos e o terror à Praça dos Três Poderes e tentaram invadir o STF? Será que caiu no esquecimento a morte do nobre Cabo Valdeci Lopes, assassinado de forma covarde, vítima da foice assassina deste Movimento aqui em Porto Alegre? ”
Martim finalizou sua fala instando à celebração do trabalho e da produtividade, além de lutar pelo direito à propriedade privada, pela vida, dignidade e liberdade. “Chega de premiar o terror! Essas homenagens são um insulto à população. É hora de celebrar o trabalho e a produtividade. Celebrar os legítimos heróis do campo que garantem alimento na mesa de todos nós”.