O deputado Capitão Martim (Republicanos) se posicionou contra a utilização do livro O Avesso da Pele como parte do material didático destinado a alunos do ensino médio na rede estadual do Rio Grande do Sul. Em ofício encaminhado à secretária Estadual da Educação, Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira, o parlamentar manifestou sua preocupação com o conteúdo do livro, que, apesar de tratar de um tema relevante como o racismo, contém linguagem e descrições consideradas impróprias para a idade dos alunos.
“O problema não é a temática do livro, mas seu uso como material didático sem o consentimento dos pais! Considere se o material fosse um filme com classificação indicativa para maiores de idade. Certamente ele não seria exibido em um ambiente escolar”, frisou.
Martim afirmou que é papel fundamental do Poder Público resguardar os jovens de qualquer conteúdo que possa ser considerado inapropriado ou que os exponha a temáticas adultas, especialmente aquelas que envolvem uma linguagem sexual explícita.
Defesa à diretora
O deputado também expressou apoio à diretora Janaina Venzon, da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira, de Santa Cruz do Sul, que enfrentou críticas ao denunciar o uso do livro em sala de aula. No ofício, o deputado solicita a garantia de proteção à diretora contra qualquer tipo de represália em decorrência da denúncia apresentada.
“Devemos premiar a coragem da diretora ao se submeter ao julgamento público por lutar pela garantia de um ambiente seguro e propício ao desenvolvimento saudável dos alunos sob sua responsabilidade e que agora vem sofrendo ataques”.
O Capitão Martim solicitou à Secretaria Estadual da Educação que tome medidas para uma revisão cuidadosa da utilização do livro O Avesso da Pele nas escolas e pediu proteção para a diretora Venzon contra quaisquer represálias que possa sofrer por ter levantado tal questão.
Revisão de conteúdos disponibilizados aos estudantes
O deputado reiterou seu compromisso com a qualidade da educação e a proteção da infância e adolescência. O ofício enviado pelo deputado chama a atenção ao caso específico, mas também para a necessidade de um debate mais amplo e criterioso sobre os conteúdos disponibilizados aos estudantes. “A educação deve sempre estar alinhada com os valores e as expectativas das famílias e da comunidade em geral”.