O deputado Capitão Martim (Republicanos), presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Tiro Desportivo, enfatizou a importância da colaboração entre atiradores e coordenadores regionais na defesa do esporte e dos direitos dos cidadãos. A Frente já empossou mais de 40 coordenadores municipais em todo o Rio Grande do Sul, incluindo figuras de destaque como Ivan Keller, do Clube CS CTK de Santa Cruz do Sul, e Dempsey Magaldi, do Grupo Magaldi de Porto Alegre.
Atuação dos Coordenadores
Os coordenadores, que incluem diretores de escolas e clubes de tiro, presidentes de associações, empresários e atletas, têm a missão de coletar as demandas dos atiradores locais para serem discutidas em nível estadual e federal. Esses líderes desempenham um papel vital na união de entidades e atiradores desportivos na luta contra o decreto federal 11.615 que impôs severas restrições ao uso esportivo de armas no Brasil.
Objetivos da Frente Parlamentar
A Frente Parlamentar em Apoio ao Tiro Desportivo tem como principais objetivos defender os direitos dos cidadãos, promover a prática desportiva e garantir a segurança individual e coletiva. Por meio de audiências públicas, a frente atua na defesa dos direitos constitucionais, apoia a indústria e o comércio relacionados ao tiro, e busca sensibilizar a opinião pública sobre os impactos do decreto na segurança e economia do país.
Mobilização e Sensibilização
A mobilização promovida pela frente parlamentar visa estabelecer diretrizes claras e justas para a prática do tiro desportivo, enfrentando as restrições impostas pelo decreto. A sensibilização da opinião pública é considerada fundamental para que se compreenda os impactos negativos que as novas regulamentações podem causar, não apenas na prática esportiva, mas também na segurança e na economia local.
“Estamos vivendo um estado de exceção onde, mais uma vez, a esquerda tenta lacrar em cima dos atiradores, clubes, comércio e indústrias. Ainda há muitos pontos obscuros neste decreto e vamos promover uma ampla mobilização para estabelecer diretrizes claras e justas para o tiro desportivo”, afirmou o deputado Capitão Martim.
Suspensão Temporária de Habitualidade
Recentemente, devido às demandas apresentadas aos coordenadores pelos atiradores e clubes afetados por inundações, foi solicitada ao Comando Militar do Sul a suspensão temporária da necessidade de comprovação de habitualidade de atiradores desportivos gaúchos para a manutenção do Certificado de Registro (CR). O Exército Brasileiro, responsável por regulamentar o Registro de Atiradores Desportivos, exige a comprovação de habitualidade a cada 12 meses. No entanto, conforme destacou o deputado Capitão Martim, as inundações que afetaram 478 municípios no Rio Grande do Sul com impacto significativo em muitos clubes de tiro, resultando na suspensão de suas atividades e impedindo que os associados mantenham a prática regular.
“Esses clubes foram duramente atingidos pelas enchentes, o que inviabiliza a prática e frequência dos atiradores desportivos. É uma questão de justiça e sensibilidade considerar a prorrogação dessa exigência para aqueles que foram diretamente impactados”, afirmou o deputado.
A iniciativa visa proporcionar um alívio temporário para os atiradores desportivos que, devido às circunstâncias extraordinárias, não podem cumprir com as exigências. “Estamos falando de uma situação de emergência. A flexibilização dessa norma é um passo importante em apoio tanto aos clubes quanto aos associados”.