Hino e símbolos do Estado se mantém

Aprovada em primeiro turno, na manhã desta terça-feira (11), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que protege de alterações os símbolos do Rio Grande do Sul – a bandeira, o brasão e, em especial o hino do Estado. Possíveis modificações devem ser feitas de forma democrática ouvindo a população através de referendo público.

“Alcançamos a vitória contra o revisionismo oportunista proposto pela esquerda que buscava aculturar o povo gaúcho, atacando valores e os marcos heroicos que construíram a história do nosso Estado”.

Ao citar o lema estampado no Brasão de Armas da bandeira gaúcha, LIBERDADE, IGUALDADE, HUMANIDADE, o deputado Capitão Martim (Republicanos), relator da PEC, ressaltou que o povo gaúcho tem orgulho de sua história. “Uma história que remete aos povos que moldaram nosso Rio Grande a ferro e fogo. Unidos pela liberdade e pela formação do Estado, sempre lado a lado, sendo brancos, negros, índios ou estrangeiros. Lutaram com sacrifício das próprias vidas por esse pedaço de chão chamado Rio Grande do Sul”.

Conforme o deputado Capitão Martim, a frase ‘Povo que não tem virtude acaba por ser escravo’ não busca reforçar ideais discriminatórios, mas sim rememorar a trajetória de lutas contra o governo imperial. “É uma afirmação de que nosso povo nunca se dobrou diante da opressão, sempre defendendo sua liberdade e sua dignidade. Nosso hino continua atual. É assertivo quanto às origens e virtudes de nosso povo que não se curvou e não se calou sem enfrentamento. Representa os valores, as tradições e o orgulho do nosso povo ao transmitir uma mensagem de força, liberdade e resistência”.

O deputado reforçou que houve várias lutas de resistência do povo negro, do povo indígena. Povos que sempre estiveram unidos na formação do Estado e que nunca perderam suas virtudes se demonstrando grandes guerreiros e valentes durante a Revolução Farroupilha e ao longo de toda a história.

“O sangue farrapo corre em nossas veias e está em nossa identidade. Que nosso hino continue a ecoar em nossos corações, inspirando gerações futuras a honrar e preservar o legado do povo gaúcho. Que continuemos a trilhar o caminho da liberdade, da igualdade e da humanidade, preservando e enaltecendo nossa identidade gaúcha, que é resultado de todas as raças”.

Página virada

O deputado reclamou do tempo perdido em torno do tema, enquanto há outras matérias de maior importância trancadas. “Será que é isso que o povo gaúcho espera desse Parlamento? Estamos andando em círculos. Faz meses que estamos debatendo o hino enquanto deveríamos estar trabalhando por melhorias no Estado. São 337 mil gaúchos desempregados, mas a esquerda nunca defende eles. Só querem segregar a população. Vamos virar a página. Vamos trabalhar porque o Rio Grande tem pressa”, criticou.