Apesar da forte mobilização contrária, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul entregará no dia 16 de dezembro, às 17h, no Salão Júlio de Castilhos, a mais alta distinção do Parlamento gaúcho, a Medalha do Mérito Farroupilha, a João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O deputado estadual Capitão Martim, um dos principais opositores à homenagem, destacou a mobilização popular contra a entrega da honraria. “Tivemos mais de 25 mil assinaturas em repúdio a essa homenagem a um líder de movimento conhecido por invasões e táticas criminosas. É um desrespeito aos gaúchos, principalmente no momento em que enfrentamos problemas graves com o MST no sul do Estado, em regiões como Hulha Negra e Pedras Altas”, criticou.
Clima de Indignação
Um ofício com as assinaturas será entregue à presidência da Assembleia, mas, segundo Martim, se o apelo popular for ignorado, o Parlamento estará dando um claro recado. “É como um incentivo ao desrespeito à propriedade privada e à segurança no campo. Stédile e seu movimento deveriam ser julgados por seus crimes, não homenageados”.
Para Martim, a concessão dessa honraria em meio ao clima beligerante imposto pelo MST desafia os valores e os fundamentos sobre os quais o Rio Grande do Sul foi construído. “Vai contra tudo o que o povo gaúcho preza: a legalidade, o respeito ao agronegócio e à propriedade privada, pilares da nossa economia e sociedade”, afirmou.
Martim também acrescentou que conceder a mais alta distinção a alguém associado a atos que invadem, destroem e saqueiam é uma afronta ao legado histórico deste estado.
O deputado Capitão Martim tem atuado ativamente contra as ações do MST no Estado. Ele reforça que, mesmo se o ofício não surtir efeito para impedir a homenagem, a movimentação popular é um recado claro à Assembleia. “O descontentamento dos gaúchos está registrado. Essa mobilização é uma demonstração de que não aceitamos que os princípios de justiça e respeito sejam desrespeitados. A concessão da Medalha do Mérito Farroupilha a João Pedro Stédile distorce os valores que devem ser reconhecidos pela maior honraria do Parlamento estadual”, finalizou Martim.